Se você está se preparando para a sua primeira consulta médica em reprodução assistida, que tal ler essas informações com calma para conhecer melhor o sistema reprodutor masculino?

 

Anatomia

O sistema reprodutor masculino é constituído pelos testículos, vias espermáticas (epidídimos, canal deferente e uretra), pênis, bolsa escrotal e glândulas anexas (próstata, vesículas seminais, glândulas bulbouretrais).

Testículo
É o local onde ocorre a formação dos espermatozóides e hormônios sexuais masculinos, em especial a testosterona.

 

Vias espermáticas

  • Epidídimo: local onde os espermatozóides passam por um processo de amadurecimento e armazenamento.
  • Ducto deferente: canal que conduz os espermatozóides do epidídimo até a uretra.
  • Uretra: canal que transporta a urina e o sêmen para fora do corpo através do pênis.

 

Pênis
É o órgão sexual masculino responsável por depositar o sêmen no sistema reprodutivo feminino durante o ato sexual. Também têm a função de eliminar a urina.

 

Bolsa escrotal
É uma bolsa que tem a função de proteger os testículos de oscilação de temperatura.

 

Glândulas anexas

  • Próstata: glândula produtora de um fluido que irá fazer parte da composição do sêmen em torno de 30%. Esse líquido é constituído por citrato (fonte de energia), cálcio e enzimas (para neutralização do pH ácido).
  • Vesículas seminais: duas glândulas produtoras de líquido seminal que representa 60% do sêmen, composto por frutose, citrato, enzima coagulante e prostaglandinas, substâncias fundamentais para progressão dos espermatozóides no sistema reprodutor feminino.
  • Glândulas bulbouretrais: secretam a primeira parte do ejaculado e têm a função de lubrificar o trato reprodutivo masculino antes da passagem do conteúdo espermático.

 

Fisiologia

O funcionamento adequado de cada etapa, desde a produção dos espermatozóides bem como a maturação dos mesmos e a formação do líquido seminal com todos os seus componentes, além da efetiva emissão do sêmen, é fundamental para a reprodução e o início de uma nova vida.

A espermatogênese é um processo complexo e contínuo que inicia-se na puberdade e que tem como finalidade a produção e desenvolvimento de espermatozóides maduros levando em torno de 70 dias. Esse processo depende de hormônios secretados pelo sistema nervoso central, bem como de hormônios produzidos nas gônadas, é o que chamamos de eixo hipotálamo-hipófise-gonadal.

Neurônios presentes no hipotálamo secretam de forma pulsátil o GnRH (hormônio liberador de gonadotrofina), que irá controlar a síntese e secreção dos hormônios FSH (hormônio folículo estimulante) e LH (hormônio luteinizante) produzidos pela hipófise. Esses hormônios irão agir nos testículos: o FSH se liga a receptores nas células de Sertoli para estimular a produção de espermatozóides e secreção de inibina B. A inibina B regula a secreção de FSH por um mecanismo denominado feedback negativo. O LH vai estimular as células de Leydig a produzir os hormônios sexuais masculinos, principalmente a testosterona, que por sua vez se liga às células de Sertoli e estimula a produção de espermatozóides, promove a virilização de tecidos não gonadais e regula a secreção de GnRH.

O sêmen é composto aproximadamente por 10% de esperma e fluido testicular, 30% de secreções da próstata e 60% de secreções das vesículas seminais.

 

Espermatozóide

O espermatozóide é a célula reprodutiva masculina. Ele recebe a maturação final quando entra em contato com o aparelho genital feminino.

Ele possui três regiões: segmento cefálico, peça intermediária e a cauda. O segmento cefálico é onde está o DNA e também contém enzimas que realizam a chamada reação acrossômica que ocorre quando o espermatozóide se aproxima do oócito. Essa etapa é fundamental no processo de fertilização. A peça intermediária é que fornece energia por meio das mitocôndrias para o movimento da cauda. E a cauda é que permite que o espermatozóide se desloque por todo trato genital feminino (colo uterino, útero e tubas).